PLANTANDO DÁ, SIM

terça-feira, 11 de novembro de 2014

FLOR DE CERA, MEU PAI, UM PRESENTE. A DARWIN PEREZ, COM CARINHO.


Certa vez, quando criança, perguntei a meu pai qual sua flor preferida. A flor de cera.
Como era a flor? Indescritível: "Não posso dizer como ela é. Somente vendo você vai entender."
Cresci sem uma única vez ter a possibilidade de compartilhar com meu pai a alegria de contemplar a floração e jamais tivemos uma muda da planta. 
Invariavelmente, a Glória-menina perguntava, ao perceber uma flor nova e diferente: "É esta, pai?", e a resposta, pronta, tornava: "Não, Glória, ela é incomparável. Não se parece com nenhuma flor que você conhece. Não é possível descrevê-la."

Muitos anos mais tarde, ganhei de presente da Stéphanie, minha filha, uma muda da planta. Com o passar do tempo, fui