PLANTANDO DÁ, SIM

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

UMA MANCHA NA MATA ATLÂNTICA: DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

Todo aquele que sobe a Rodovia dos Imigrantes se depara com estas imagens, à direita de quem viaja, muito próximas à praia. 
Você já se perguntou a que município pertence?
Se a viagem é feita à noite, verificamos que há luz. Inclusive postes de iluminação. 
Há luz, há água. Há, também, uma estrada. A vilazinha vai crescendo e "comendo o verde". 
É comum favelas serem instaladas nos morros, próximas às nascentes ou à beira de represas, derrubando árvores e acabando com a vegetação nativa. São Bernardo e Diadema são exemplos. Onde antes existiam chácaras, hoje temos barracos.
Casinhas ou barracos colados, mal estruturados, colocam em risco moradores e trazem novas preocupações ao Poder Público. 
Leio o sinal como uma mancha crescente, a pedir socorro. Quem ouve?
Quando estiver realmente grande, pressionarão os ocupantes pela instalação de uma rede de esgotos, escolas, hospitais.
A área é, como se adivinha, pública. 
E amanhã, quando a terra encharcada colocar os moradores em risco, quando iniciarem os desabamentos, perguntaremos: "Por que deixaram que se instalassem ali?"
Porque ninguém ouviu o clamor da terra. Porque somos todos testemunhas mudas, surdas e cegas.




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Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.

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