Há alguns meses, perguntada sobre quando viriam os filhos, a Carol se saiu com essa. Vai adotar, quando chegar a hora. Sem preconceito quanto à quantidade de irmãos, cor, sexo e idade: virá tudo pronto e provavelmente serão...
Há alguns meses, perguntada sobre quando viriam os filhos, a Carol se saiu com essa. Vai adotar, quando chegar a hora.
Sem preconceito quanto à quantidade de irmãos, cor, sexo e idade: virá tudo pronto e provavelmente serão marronzinhos (pré-bronzeados), irmãos e o mais velho terá, com certeza, mais do que cinco anos. Um ou mais, menino.
Rebateu todos os argumentos opostos pelo pai, com a maior naturalidade. Ela quer o pacote completo. Por enquanto, estuda, se prepara, prioriza a carreira, mas está tudo programado.
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Segundo a estatística, cruel, são essas crianças e adolescentes os renegados pelos pretendentes à adoção. Isso porque o tempo elimina a possibilidade de serem acolhidas. O comemorar mais um ano de vida é a certeza de se estar mais longe de uma família; a alegria de ter um irmão com quem dividir alegrias e tristezas é um peso para ambos.
O argumento da Carol é muito bom: para que fazer mais um, se já existe tanto filho no mundo?
Fazer filho, qualquer um é capaz de fazer, se houverem sistemas reprodutores férteis e saudáveis. Uma coisa animal, nada razoável, se pensarmos que há tantas crianças à espera de acolhimento.
Adotar, mas adotar com o coração, é coisa para poucos. Adota-se a ideia da continuidade em uma espécie de "clone", de espelho; adota-se o bebê para suprir a necessidade de trocar fraldas, perder noites acordado, farsa que supostamente substituiria a inaptidão para gestar. Mentira, isso não existe e mesmo o filho não é um clone, mas um indivíduo, que terá sua vida, fará suas escolhas e seguirá seu caminho.
Adotar de verdade é abrir espaço para o olho no olho, para se apaixonar pelo sorriso, pela pessoinha que já existe, e pensa e chora e deseja.
Em um país mestiço, inevitavelmente, mais dia, menos dia, nosso sangue terá a mistura de outros sangues, que não europeus. Por que não antecipar? Você amaria mais ou menos seu filho ou neto se ele fosse diferente, no aspecto físico? Se ele fosse gêmeo (viesse com um irmãozinho)?
De outro lado, se olharmos para o passado, ainda que remoto, todos viemos de troncos comuns, daí o absurdo de nos selecionarmos pelo fenótipo, pelo ora exposto na cor da pele e dos olhos, no feitio e textura dos cabelos.
Carol, eu amo você. Inteira. E me orgulho do que você é, de quem você é, do seu valor como pessoa, de sua lógica.
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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
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