Dizem de quem conversa com as plantas, que é meio doido - ou está no caminho de sê-lo. No convívio diário com elas, de examinação e esquadrinhamento, saber e depois suprir...
Dizem de quem conversa com as plantas, que é meio doido - ou está no caminho de sê-lo. Aqui se conversa, se briga e elas respondem.
No convívio diário com plantas, tempo dedicado de examinação e esquadrinhamento, saber e depois suprir necessidades, afastar pragas e manter regas, é natural que nos tornemos íntimos.
Dizer que não nos entendem porque não respondem com palavras é, no mínimo, ignorância e disso tenho exemplos vários.
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Lá em Ibiúna uma grumixama, de copa redondinha como se à tesoura fosse desenhada, por artista conhecedor do ofício, verdejava o ano inteiro sem nunca botar flor ou fruto (é evidente!). Foi que foi até que o Roberto ameaçou: "Ou este ano ela dá fruta ou tá acabada. Passo o machado!"
Errado não estava, porque a danadinha ocupa espaço que outra poderia aproveitar melhor. Retribuindo.
Foi chegar a primavera para que carregasse de flores e, a partir daquele ano, produzisse cerejas vermelhas e doces, mais do que bastavam.
A coisa se repetiu com o pé de caqui. Caquizeiro que não dava notícia de a que veio, depois de ameaçado foi fruto suculento para todos nós e quem mais viesse.
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Aqui em Itanhaém as vítimas foram os pés de amora silvestre. Com a retirada de um deles concordei.
Afinal, arbusto espaçoso que só e repleto de espinhos, qual roseira brava, representava perigo para as crianças que viessem nos visitar, no passeio entre as árvores. Já bastam as laranjeiras, limoeiros e os pés de pitaia, estas guardadas nos pneus.
O pé que remanesceu, junto ao sombreiro e o pergolado de maracujá, ficou escondidinho até que o Roberto reclamou, semana passada: "Essa coisa cheia de espinhos não ia embora?"
- Vamos dar uma chance pra ela. Só até a primavera.
A primavera chegou e a amoreira respondeu com cachos de flores, que visito todos os dias, encantada, sinal de próximas frutas, pelas quais, anos atrás, quase despenquei de um barranco para colhê-las. Não estas, futuras, mas aquelas, de antanho, de quando a Fanny era pequena e novidadeira. Fruta de mato, com sabor de brincadeira, deixa saudades que só novas frutas, encontradas no mato, conseguem matar.
Na linha de fogo entrou a pitangueira e o pé de cherimoia: esta, muita flor e pouco fruto. Pouquíssimo, a despeito do tamanho já despropositado. Problema no cruzamento? Bastou o ultimato para amanhecer com frutos nos galhos, pendurados como preciosas miniaturas de Natal.
A pitangueira há dois anos vem fazendo a alegria nossa, dos amigos e dos passarinhos. Onde cai uma semente, nasce outro pé, que cresce rapidinho (e arranco, dou, invento: afinal, não há mais espaço no quintal louco que criei).
O visado da vez é o pé de laranja lima. Semente cuspida por alguém antes de virmos para cá, deixou um mísero pé mirradinho e abafado no jardim, sob as flores e folhas do que havia no entorno, trinta centímetros se tanto.
Transplantado, cuidado e acompanhado, cresceu e se desenvolveu mais do que os primos, que ainda fininhos carregam de frutas, todas as estações, fazendo duvidar que aguentem o peso despropositado. Preguiçoso, observa, sem gratidão.
Dei-lhe poda drástica este ano, tirando tudo o que era de broto ladrão, furtador de energia como sangue-suga. Se identifico mais um ramo verde, reto e flexível, risco do mapa. Minha parte, fiz.
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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
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