Não há quem não fique curioso com o meio de transporte da colega: um triciclo adaptado, que leva, atrás, um carrinho de madeira, com direito a fechamento nas laterais, com passagem de luz. Ela leva tudo o que...
Não há quem não olhe, curioso, o meio de transporte da colega: o triciclo adaptado, que reboca um carrinho de madeira, com direito a fechamento nas laterais que não obstruem a passagem da luz. Feito caprichosamente, pintado de prata sobre novas rodas de bicicleta, é uma casinha-brinquedo, berço de dormir.
Ela leva tudo o que quer e, em especial, seus filhos, crianças ainda pequenas, que vão dormindo, lá atrás, em meio a almofadas macias e confortáveis: lombadas e incertezas das vias não abalam seus sonhos; ao contrário, embalam. Se estiver frio, algumas cobertas resolvem.
A chuva também não é problema e resmungo ou choro de qualquer um deles pode ser observado sem que se abra a vedação. Manha não tem vez, então o remédio é dormir mais um pouquinho.
Bonito?
Talvez, não seja. Mas não se pode negar que é até simpático. E prático.
Aqui na praia o que não faltam são soluções inventivas. Desde que cheguei vejo ciclistas protegendo-se com guarda-chuvas, guiando suas bikes na estrada, como se a coisa mais natural do mundo.
Será que um dia eu conseguiria me equilibrar na bicicleta e me abrigar da chuva, ao mesmo tempo?
Penso que não.
O povo, aqui, nasce praticamente em cima de uma bicicleta, meio de transporte francamente democrático: ao abastado que precisa praticar exercícios, ao remediado e ao pobre, que atravessa a cidade até o trabalho ou o posto de saúde em cima das duas rodas.
Nas magrelas equilibram-se namoradas, ficantes, irmãs e filhas, na versão praiana da antológica cena de "Butch Cassidy and Sundance Kid": Katharine Ross, na garupa do Paul Newman, ganha cores; suas roupas perdem em complexidade.
Não apenas a namorada na garupa ganha as atenções. Equilibristas driblam o perigo do tráfego, numa explosão de adrenalina.
Aí, então, não vejo graça, romantismo, mas desconforto. Me expõem, a mim e a qualquer outro motorista, a uma insegurança desnecessária, gratuita.
Se acontece alguma coisa, quem vai testemunhar que o sujeito-moleque estava brincando na rodovia?
GOSTOU? COMPARTILHE
DEIXE SEU COMENTÁRIO.
SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR
Escreva, comente. Se para
elogiar, obrigada. Mas posso ter pecado e truncado o texto, cometido algum erro
ou deslize (não seria a primeira vez). Comentando ajudará a mim e àqueles que
lerão o texto depois de você. Culpa minha, eu sei. Por isso me redimo, agradeço
e tentarei ser melhor, da próxima vez.
Obrigada
pela visita!
QUER RECEBER
DICAS? SIGA O BLOG.
SEJA LEAL. NÃO COPIE,
COMPARTILHE.
TODOS OS
DIREITOS RESERVADOS
Respeite o
direito autoral.
Gostou?
Clique, visite os blogs, comente. É só acessar:
CHAPÉU DE PRAIA
MEU QUADRADO
"CAUSOS":
COLEGAS, AMIGOS, PROFESSORES
GRAMÁTICA
E QUESTÕES VERNÁCULAS
PRODUÇÃO JURÍDICA
JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL (O JUIZADO DE PEQUENAS CAUSAS)
e os mais,
na coluna ao lado. Esteja à vontade para perguntar, comentar ou criticar.
Um abraço!
Thanks for the comment. Feel free
to comment, ask questions or criticize. A great day and a great week!
Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Esteja à vontade para comentar, elogiar, criticar, enviar sugestões ou dúvidas.