Liberdade, pluralidade. Palavras que melhor definem a encantadora, despojada e marcante Elke.
Há os que, pelo estilo extravagante, comparam-na com Lady Gaga. Erram.Elke não foi apenas a personagem de si.....
mesma.
Foi um ícone: sincera, culta, original. Elke. Maravilha.
Nascida na Rússia, filha de mãe alemã, de origem nobre, pai russo, imigrou com a família para o Brasil aos seis anos, fugindo do campo de concentração na Sibéria (seu pai era prisioneiro político).
A guerra uniu seus pais - uma relação até então improvável - e a guerra trouxe a família ao Brasil, país escolhido para viver entre e como os brasileiros. Para que fossem todos brasileiros.
Viveu uma vida camponesa durante sua infância e adolescência, quando seu pai, a maior figura de sua vida - um sábio -, preparou-a para viver, pela observação da natureza e seus ensinamentos.
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A TRADUTORA
Falava nove idiomas: russo, português, alemão, italiano, espanhol, francês, inglês, grego e mesmo latim.Aos 20 anos partiu para o Rio de Janeiro, sozinha, onde trabalhou como secretária bilingue, trilingue, bancária e bibliotecária para pagar seus estudos, o aluguel do apartamento e se manter.
Concluiu a faculdade de Letras, formou-se professora e foi tradutora e intérprete de línguas estrangeiras durante quatro anos: a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês, na União Cultural Brasil-Estados Unidos.
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A APÁTRIDA
Em 1971, durante a ditadura militar, foi presa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por desacato: enquadrada na Lei de Segurança Nacional, porque rasgou cartazes com a fotografia do filho de sua amiga Zuzu Angel, Stuart Angel Jones, torturado e morto pelo regime, e gritava "covardes, como ousam, vocês já o assassinaram!"Presa, perdeu a nacionalidade brasileira, o que a fez apátrida, condição com a qual conviveu durante anos, até requisitar a cidadania alemã, única que possuía.
Ficou seis dias no DOPS, na era Médici; seu pai, seis anos na Sibéria, em campo de extermínio, sob o regime de Stalin.
Amava o Brasil. Sempre amou. O país foi a redenção de sua família, o porto seguro, a ressurreição.
Talvez pelas histórias sua e de sua família tenha dado tanto valor ao fato de "ser brasileira" e se indignado quando frente à indiferença.
A BELA, A JURADA, A PERSONAGEM
Muito alta, bela, loira natural, jamais pensou em seguir carreira artística.Entretanto, justamente por ser "muito alta, bela, loira natural" e possuir um carisma incrível, vieram os convites para as carreiras de modelo e manequim, aos 24 anos. Trabalhou com grandes estilistas, ganhou notoriedade e abandonou as aulas.
Nesse ambiente conheceu a estilista Zuzu Angel (acima referenciada), sua grande amiga, interpretada no filme de mesmo nome pela atriz Patrícia Pilar - o papel de Elke coube a Luana Piovani.
Foi então atriz e jurada de programas de calouros por muitos anos, talvez a mais popular de todos, conhecida até hoje por seu estilo irreverente e chamativo, fortemente caracterizado por perucas e vestes extravagantes.
Amou demasiadamente (oito casamentos, inúmeros namorados), viajou muito, viveu incansavelmente.
Optou entretanto por jamais ter filhos. Seu legado é, pois, de todos nós.
Descanse em paz, Elke. Somos agradecidos por sua espontaneidade, seu carisma, seu exemplo de vida.
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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
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