Mais de oitenta anos, além dos cem quilos, quase não podia andar. Não estava doente. No entanto, sentia-se pesada e cansada, já satisfeita com o que tinha vivido.
Certo dia pediu à filha, com a qual vivia, que a banhasse, vestisse com tal vestido e a penteasse, como a seu gosto. Espanhola, tinha a predileção pelos coques, bem presos.
Em seguida, quis que fossem chamados todos aqueles que lhe fossem próximos, para se despedir. Vieram os filhos, os netos, amigos.
Depois das despedidas, exigiu que a deitassem no quintal, com um tijolo sob os pés. Quando cruzou as mãos, foi-se embora. Assim, instantaneamente.
É uma história aprendida de minha mãe, sobre minha bisavó Manoela. O selo de seu destino com a boa morte seria destinado apenas aos seguidores de certa santa, da qual ela era fiel.
É tão extraordinária a história que a qualifico como "lenda de família", a despeito dos testemunhos daqueles que lá estiveram, para me desmentir.
Vó Manoela. Uma vida, uma história, uma lenda. Vive, ainda.
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Maria da
Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC –
Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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