Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ
Detentos, ex-detentos, delinquentes, párias. São integrantes de nossa sociedade e fazem parte de nós, de alguma forma. Daquilo que compõe o nosso "eu".
Não basta ignorá-los, para que deixem de existir. Eles estão nas ruas, nas prisões, cruzam nosso caminho, pois têm o mesmo direito, falam a mesma língua, temos qualidades comuns com eles.
Deixá-los à míngua e à própria sorte não resolverá o problema social, que se agrava pelo descaso do Estado: os estabelecimentos prisionais não recuperam.
Este exemplo de inserção social é brilhante.
Temos amor e nos engajamos em projetos pró natureza, pró animais de estimação. E, no entanto, relegamos a um segundo plano aqueles que vivem à margem, porém integrando nossa sociedade.
Com o incentivo ao trabalho e ao estudo e dignificação dos detentos e excluídos poderemos ter uma sociedade mais sadia, mais apta e estruturada de forma a buscar soluções que atinjam a todos.
Parte da Arena Castelão, estádio de Fortaleza/CE que vai sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, foi erguida por homens que cumpriram pena em prisões cearenses. Na equipe de 5 mil operários que entregou no mês de janeiro a principal arena esportiva do estado, 24 eram ex-detentos. A instituição responsável por recrutá-los foi o Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (IDT), organização social sem fins lucrativos contratada pelo governo do estado por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social. A iniciativa valeu o Selo Começar de Novo, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Segundo o coordenador estadual de intermediação de profissionais do órgão, Antenor Tenório, a seleção começa antes de o preso deixar a unidade prisional. O IDT promove oficinas de orientação para o trabalho para turmas de detentos com pouco tempo de pena a cumprir. Dentro das unidades prisionais, os técnicos do instituto passam aos presos noções de cidadania e orientação profissional, como a maneira correta de se preparar para uma entrevista de emprego, apresentação pessoal e a importância da qualificação para o mercado de trabalho. Para quem ainda não possui carteira de trabalho, o IDT ajuda a obter o documento.
Ao mesmo tempo, o órgão cadastra os presos e, de acordo com a vocação, antecedentes criminais, referências e habilidades de cada um deles, negocia a abertura de vagas junto às empresas locais, principalmente nas áreas da indústria e da construção civil. “É um trabalho de formiguinha. Cada vaga que conseguimos para eles é uma vitória para nós, pois sabemos que se trata de um público muito vulnerável. Algumas empresas têm resistência em contratá-los”, afirmou o representante do IDT.
A inauguração da Arena Castelão, em 28 de janeiro, não marcou o fim do trabalho para os operários recrutados pelo IDT. Segundo a Secretaria Especial da Copa de Fortaleza, alguns deles foram aproveitados em outras obras do governo pernambucano.
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias
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Maria da
Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC –
Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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