Antigamente, usava sandálias durante todo o ano; no inverno, ou calhando uma friagenzinha, botas. Passou o tempo e preferi os sapatos fechados; com eles, veio a unha encravada. Lembro de certa vez, quando ainda morava em São Paulo e vim à praia, não conseguia caminhar sem gemer - e estava de tênis. Com o marido, entrei em uma loja de calçados para comprar qualquer coisa que não tocasse em minhas unhas ultrassensíveis.
Para dormir, um tormento: nada podia encostar nelas. Em uma ocasião, depois de um pisão bem aplicado, da dor e de meu comentário posterior, risos. Claro! Só é dramático para quem sente.
Assim foi: doía, quando a dor se tornava insuportável, ia à podóloga, com retorno em um mês e recomendação de empurrar o chumaço de algodão bem torcido entre a carne e a unha, para forçar o crescimento correto. Também a puxada de orelha quanto ao corte: "Quem corta suas unhas?"
As unhas não podem ser cortadas rentes, nem no formato arredondado, sob pena de encravarem. Mas quem se lembra disso toda a vida?
É uma derrapada e adeus, sossego.
O caso é que fui à podóloga uma última vez em fevereiro deste ano, aqui em Itanhaém. Ela empurrou, ajeitou e me senti aliviada. Recomendação de retorno em 30 dias e veio a quarentena, por conta do coronavírus. E aí?
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Bom, passei a colocar fio dental, para afastar a unha e corrigir o crescimento. Alívio temporário, me senti um gênio, com aqueles fiozinhos pendurados (eu aparava, mas sempre apareciam, gomo gatos no texto). Parti para o algodãozinho empurrado. Pesquisei no novo "pai dos burros", a internet. Santo Google!
Entre as recomendações de "Vá ao podólogo", "Como cortar corretamente as unhas" e "Empurre o algodãozinho", entre inúmeras fotos horrorosas de deformidades, que prognosticavam o futuro do meu pé, encontrei um aparelhinho japonês (ou chinês?) que, fixo à unha, vai colocando ela no lugar, conforme o torcemos, como um pequeno torno. Uma espécie de aparelho de tortura em miniatura. Fiquei me imaginando a encaixar a coisa e ficar revolvendo, devagar, enquanto o pé queimava de dor. Não, não iria rolar. Lembrei, então, que eu tinha em casa aquele alicate bem pequenino, com o qual se trabalha peças de bijuterias. Limpo, catei minha caixinha de manicure e fui à luta.
Com uma espátula de metal, levantei jeitosamente a ponta da unha (que já fazia um "U", enterrado na carne) para ganhar espaço, e com o alicate entortei a ponta dela para cima. Alívio imediato!
Fiz o mesmo com o outro lado e com o dedão do outro pé.
Depois de alguns minutos, repeti a operação.
Creiam, nunca tive um tratamento tão rápido e eficaz. Colocada no lugar certo, voltando a crescer normalmente, a unha desencravou e não me deu mais problemas. Está saudável e corrigida. No começo, apertava, testava e não sentia mais dor. Claro! A unha não mais pressionava a pele, estava esticadinha.
Parece incrível, mas do nada resolvi um problema que me incomodava há anos!
Bem, do nada, não, porque existia o problema, inadiável, e a dificuldade de solução, porque eu não podia me expor à Covid. Tinha que encontrar uma solução. Nessas ocasiões de crise a cabeça da gente funciona.
Demorei para compartilhar, o que deveria ter feito antes. Também fotografado etc. etc. Mas posso garantir que nunca tive resultados melhores.
Fica a dica. Talvez a melhor que já tenha passado na vida.
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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches