Hospitais e laboratórios são ótima fonte de informação, se
nosso interlocutor for paciente.
Há alguns anos, fazia exames. Ao final, reclamo que nunca
fui tão gorda como hoje.
A médica explica que sou magra.
Replico:
- Como magra, se meu marido diz que sou gorda?
Para a sua estrutura, é magra.
Não satisfeita, torno a reclamar, desta vez afirmando que
nunca fui tão baixa como hoje. Completo enfatizando saber que nós diminuímos,
com o passar do tempo.
A médica não perde a oportunidade para explicar que, aos
vinte e um anos, já teria perdido três centímetros.
Questiona sobre o que eu teria feito nos últimos anos.
- Trabalho sentada e terminei a faculdade de Direito o ano
passado.
- E eu posso crescer?
De todo o passado e comentado, pude tirar uma conclusão: o
corpo é expressão da mente, conforme o abrir-se ou o fechar-se ao mundo.
Recolher-se. Não é como nos livros de auto-ajuda.
Sentada, tomo uma posição quase fetal. Assim, diminuo.
Ao exercitar-me, alongar-me, meu corpo reage.
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