Clique na foto para ampliá-la |
"Meu amigo - e agora sócio - Jorge Paulo e sua equipe
estão entre os melhores homens de negócios do mundo. Ele é uma pessoa
fantástica e sua história deveria ser uma inspiração para todos os brasileiros,
assim como é para mim." Warren Buffett
"É mais fácil segurar um louco do que empurrar um
burro." Beto Sicupira
Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil - e um dos mais ricos do mundo -, Beto Sicupira e Marcel Telles, desenvolveram, em pouco mais de quatro décadas, uma história de sucesso, fundamentada na meritocracia, na ética, no controle de custos e em um longo trabalho de gestão.
Adeptos da vida frugal, inovaram ao implantar em suas
empresas, desde a fundação do Banco Garantia, um sistema de metas, que dispensa
os piores empregados e recompensa os que atingem bons resultados - e recompensa
excelentemente aqueles que alcançam resultados excelentes.
O êxito da equipe se explica, também, por outra máxima:
"não se inventa a roda". Se existe excelência, pode e deve o método
ser difundido, copiado. Foi assim com a meritocracia, copiada do
Goldman Sachs e propagada em cada uma de suas empresas, construídas ou
adquiridas. O "não se inventa a roda" foi também aplicado com o que
aprenderam com o fundador do Walmart, Sam Walton. Aprendiam com os melhores,
oferecendo-se para conhecer as instalações de empresas que deram certo.
O sistema de mérito implantado pelo 3-G precisava de caminhos
abertos: se os piores empregados são radicalmente dispensados, os melhores não
permanecerão no grupo, a menos que novas oportunidades sejam criadas.
Em todas as aquisições, paredes foram derrubadas,
literalmente, para dar lugar a espaços em que oportunidades fossem garantidas a
todos os empregados: quebra de hierarquia, início árduo para cada contratado e
ganhos flexíveis.
O "grande sonho", descrito na biografia não
autorizada, é a construção de uma empresa longeva, que se perpetue. O
sonho passou a ser alimentado por outros sonhos: a sociedade perpetuada desde o
Garantia adquiriu empresas mal administradas, transformando-as em
empreendimentos de sucesso: Lojas Americanas; Brahma; Antárctica (e a criação
da Ambev); Inberbrew (e a Inbev).
En 2008, adquiriram a Anheuser-Bush, fabricante da Budweiser,
e estava criada a maior indústria cervejeira do mundo. Seguiu-se a aquisição de
outro ícone americano: a rede Burger King.
Hoje o trio, denominado 3-G, é também proprietário da
Heinz, indústria alimentícia, em sociedade com Warren Buffet.
A narrativa é
fluida e o livro, recheado de relatos interessantes, como o da aparição do novo
gestor, nas empresas recém adquiridas, barbado, de calças jeans e mochila nas
costas.
Trechos:
"Eu tinha uma sala de uns 40 metros quadrados, três
telefones, secretária exclusiva, um status extraordinário. Só que eu não
mandava nada e não ganhava porra de dinheiro nenhum", lembra ele. O
veterano não só se identificou com a nova gestão como virou homem de confiança
de Marcel." Adilson Miguel, diretor de marketing da Brahma.
"Jorge Paulo Lemann não era próximo de nenhum dos dois
candidados - circular por Brasília nunca foi seu forte, ainda que ele
conhecesse figuras importantes do governo. Até aquele momento, tinha ficado a
sós com Collor apenas uma vez, por obra do acaso, conforme relatado pela revista
Interview, numa reportagem publicada em 1994. Num dia chuvoso no centro do Rio
de Janeiro, Collor acenou para o mesmo táxi que Jorge Paulo chamava. Depois de
debaterem sobre quem ficaria com o carro, decidiram "rachar"
corrida, já que seguiriam na mesma direção. Collor não reconheceu o
banqueiro, mas Jorge Paulo sabia quem era o jovem político nordestino que
começava a ganhar nome em todo o país.
O político e a mulher que o acompanhava se sentaram no banco
de trás e começaram a conversar em inglês. Jorge Paulo Lemann foi na frente, ao
lado do motorista. Collor se queixava à interlocutora do comportamento de
alguns empresários. Citou especificamente o nome de Jorge Paulo Lemann. O
banqueiro escutou o quanto aguentou até que, sem se identificar, avisou aos
"caronas" que falava inglês. Collor continuou a fazer críticas -
agora em francês. Quando chegou ao seu destino, antes de sair do automóvel
Jorge Paulo olhou para o político e lhe disse apenas que seu francês era tão ruim
quanto o inglês."
"Cooper" - sobrinho de Jorge Paulo - "perguntou
ao tio se poderia conhecer o camarote" - da Brahma. "A
resposta do empresário, ainda que bem-humorada, foi desconcertante: 'Aquilo é
um negócio. Os convites são para quem me ajuda a ganhar dinheiro, gente famosa
e mulheres bonitas. Em qual categoria você está?' Cooper teve que assistir ao
desfile das escolas de samba pela televisão."
"Como já anoitecia, o diretor da fábrica ofereceu aos
chefes uma carona. Quando Magim viu o automóvel - um sofisticado sedã da
General Motors sem nenhum logotipo da cervejaria -, teve um rompante. Primeiro
perguntou se aquele carro era do sujeito ou da companhia. O executivo respondeu
que era da frota. Magim ficou transtornado. Começou a chutar a porta do carro e
berrar que todos os automóveis da Brahma deveriam estar logotipados (meses
antes a cervejaria havia baixado uma norma nesse sentido). 'Você tem vergonha
da sua empresa?', vociferava, enquanto desferia mais alguns chutes. 'Nessa
porra eu não vou!' O diretor da fábrica, com 30 anos de casa, ficou atônito.
Marcel observou tudo em silêncio. Só abriu a boca quando eles finalmente
chegaram ao hotel: 'Porra, Magim, não era para exagerar...'
Até hoje Magim se diverte ao contar a história."
Seja
leal. Respeite os direitos autorais.
Faça uma
visita aos blogs e seja um seguidor. Terei prazer em recebê-lo:
e outros
mais, em https://plus.google.com/100044718118725455450/about
Esteja à vontade
para perguntar, comentar ou criticar.
Thanks for the comment. Feel free to comment,
ask questions or criticize. A great day and a great week!
Maria da
Glória Perez Delgado Sanches