Bem, conta Lobato que, ao elaborar um livro, criava-o como a um filho: cuidado e mais cuidado, muita dedicação. Cada palavra, cada linha, era estudada. Nada deixado ao acaso. Perfeito no escrever, esmerava-se, no egoísmo do pai protetor.
Uma hora, enfim, cansava-se da criatura e era ela enviada ao prelo. Depois da passagem pela revisão oficial e pela publicação, o livro era cria independente.
O autor, então, abria um exemplar, folheava-o e era surpreendido pelos inevitáveis sapos, que teimavam em saltar.
Publico minha postagem - tão exígua, parca de imagens - e, mais adiante, encontrarei meus sapos, a saltar e coaxar.
Os sapos saltitantes de Lobato, trago-os em meu dia-a-dia como referência. Escrevo, cuido, dedico-me. Vez ou outra, porém, um sapo engraçadinho salta-me aos olhos: "Coach! Coach!"
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Maria da
Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC –
Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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