Lugar muito bem frequentado, com rústica decoração, tinha as paredes repletas de cartõezinhos de visita.
Pratos simples, bem feitos, atendimento perfeito: codorna, espeto misto, rã, carnes nobres.
Marcou-me, entretanto, pelo antepasto.
A memória gustativa ficou e, com a casa na praia, reproduzo a entrada que saboreava com tanto prazer: feijão, farofa e cebolas.
O feijão, macio e sem tempero, era escoado e mantinha a consistência dos grãos.
Não havia novidade na farofa, coisa simples.
A cebola, entretanto, era uma iguaria à parte. Com ela, cobríamos, no prato, os outros dois elementos. Marcava pelo sabor.
Da vontade de saborear outra vez a iguaria passei a reproduzi-la:
Corto as cebolas em rodelas, cubro com azeite de boa qualidade e um pouco de vinagre, acrescento sal, manjericão (ou cheiro verde) e, se o caso, um pimentão vermelho colhido da horta. Quanto mais curtido, mais saboroso.
N'A Carroça mantinham um barril com as cebolas, que chegavam curadas e amareladas do azeite.
Em casa, um pote de cinco litros não chega para a família e os amigos que recebo para o churrasco, de maneira que jamais bastam.
A Carroça fechou. Não existe mais. Ficou a lembrança e a gratidão por ter existido. Pelos agradáveis momentos que vivi e que agora, no conforto de meu lar, posso relembrar e reviver.
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Maria da
Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC –
Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
3 comentários:
Vou experimentar a receita da conserva. Adorei!
Vou experimentar a receita. adorei!
Sensacional, Glória!
Também vou fazer.
Amanda Torres
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