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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

VOCÊ SABE O QUE SÃO PANCs?

Na nossa mesa servimos o que encontramos nos supermercados e feiras-livres. Consumimos o que é plantado em grandes extensões de terra, em geral carregado de agrotóxicos, ao menor custo ...

O QUE VOCÊ COME?

Na nossa mesa servimos o que encontramos nos supermercados e feiras-livres. Consumimos o que é plantado em grandes extensões de terra, em geral carregado de agrotóxicos, ao menor custo possível para o produtor. 
Pense que o que você come em São Paulo é diferente do que come o gaúcho, diferente, também, do que alimenta o mineiro ou o paraense. 
Se ampliarmos o leque, veremos que o brasileiro ingere verduras, vegetais e frutas diferentes daquelas que alimentam nossos vizinhos argentinos, peruanos, portugueses, italianos, russos, americanos, mexicanos.
Analisada a linha do tempo, veremos que, em função da agricultura extensiva, foram abandonados muitos alimentos ricos em nutrientes, em prol da comodidade, praticidade e conveniência.
Traduzindo em outras palavras: somos induzidos a consumir aquilo que consumimos.

PLANTAÇÕES CONVENCIONAIS X ALIMENTOS ORGÂNICOS 


Diferente do que ocorre na natureza, onde as plantas crescem juntas e diversificadas, as plantações comerciais tradicionais atraem invasores, porque são culturas artificiais muito diferentes das que ocorrem naturalmente. 
Por conseguinte, o agrotóxico acaba mesmo sendo necessário, pois se há o que comer, há quem coma (ao menos na natureza).
Nos últimos anos surgiu o apelo pelos vegetais orgânicos. São eles o primeiro passo no sentido de uma vida mais saudável. 
Se você analisar imagens de plantações de alimentos orgânicos verá que diferentes espécies convivem juntas: a diversidade é uma técnica para a saúde das plantas. Bichinhos que gostam de uma verdura, por exemplo, não suporta ou não aprecia outra.
A maioria das PANCs cresce livre e naturalmente, nas calçadas, nas matas, jardins e mesmo entre os canteiros das culturas de alimentos, sejam elas convencionais ou orgânicas.

O QUE SÃO PANCS?

PANCs são verduras, legumes e frutas cujo consumo foi abandonado pelo tempo e aquelas consumidas em outros países. 
Na maioria das vezes são consideradas "mato" ou "ervas daninhas" onde moramos, mas não, provavelmente, no país vizinho. 
Além das plantas que desconhecemos, são PANCs também partes desprezadas de plantas que já consumimos.


POR QUE ISSO ACONTECE?

Porque temos receio de comer aquilo que não conhecemos, seja pelo costume, seja pela ignorância. 

Conhecer e consumir plantas alimentícias não convencionais é resgatar um rico repertório, de forma saborosa e saudável.
A dieta ideal é a equilibrada e diversificada, livre de agrotóxicos. Essa é a proposta.
Um cardápio mais variado e nutritivo, que tem o potencial de gerar renda e incrementar o turismo, em um mundo mais sustentável.
Olhe para o seu prato, analise, pense se ele pode suprir todas as suas necessidades.

PANCS E ALIMENTOS CONVENCIONAIS

A coisa é tão séria que as PANCs foram objeto do Projeto de Lei nº 2275/2016, da Deputada Márcia Jeovani, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro*.
Pense que você está acostumado com a alfacinha, que quase não alimenta, e com a couve refogada, que acompanha a feijoada. Umas rodelas de cebola, tomate e pouco mais que isso. Pouco mesmo.
Na justificativa do projeto de lei referenciado, a deputada adverte que:

"No mundo, estima-se que 30.000 espécies vegetais possuem partes comestíveis. Mesmo assim, 90% do alimento mundial atualmente vem de apenas 20 espécies, as mesmas descobertas por nossos antepassados do Neolítico, em diversas regiões onde a agricultura teve início e que foram incorporadas por quase todas as culturas existentes. Além de tão poucas, hoje a maioria destas espécies cultivadas é restrita a poucas cultivares (variedades) e muito da agrobiodiversidade destas cerca de 20 espécies foram extintas, perdidas ou vem sofrendo grande erosão genética.
Por ser um país grande e tropical, o Brasil tem uma biodiversidade imensa a ser pesquisada, estima-se em torno de 10.000 espécies nativas com potencial uso alimentício. Ou seja, ainda há muito a se estudar, coletar, cultivar e experimentar. Esse patrimônio natural de recursos fitogenéticos é um dos principais ativos brasileiros e, seguramente, pode desempenhar papel estratégico na consolidação do desenvolvimento nacional e na elevação da qualidade de vida da população brasileira."


INCREMENTO DO TURISMO 

Em maio deste ano teremos um dos eventos gastronômicos mais tradicionais de Minas Gerais: o XX Festival do Ora-Pro-Nobis, na cidade mineira de Sabará, no bairro Pompéu, região metropolitana de Belo Horizonte.
Participam estandes de culinária e importantes restaurantes da região, referência em gastronomia e a programação inclui palco para shows com ritmos variados como samba, sertanejo, pop rock e MPB.
Há ainda os Caminhos Rurais, em Porto Alegre, que também faz parte das rotas turísticas das PANCs.

Muitas PANCs não são tão "não convencionais", pois na verdade seriam PANCs para quem vive na cidade grande e se abastece sempre das mesmas coisas, nas prateleiras do supermercado ou no restaurante.
Aqueles que moram no interior (ou em outra cidade grande) têm em geral um leque maior (ou diferente) de opções.
É a história, por exemplo, da taioba. Postei, meses atrás, sobre a taioba, que passei a cultivar em meu quintal. Até postar, era o suprassumo do ressuscitar vegetais altamente nutritivos. 
Engano meu: se jamais encontrei taioba nas feiras ou supermercados da capital paulista, consumidores mais felizes se alimentam das folhas adquiridas em varejões e feiras-livres do interior, outros estados e mesmo de Brasília. 
O caruru, que como desde menina e agora é reverenciado por quem curte PANCs, é verdura necessária para acompanhamento de peixes no nordeste, onde, apreciadíssimo, é chamado bredo.
Já em Ibiúna, onde tive uma chácara, na qual morei por muitos anos, consumia capuchinha, uma flor adorável e deliciosa.
Conhecendo o valor das PANCs, aprendi sobre o valor nutritivo das folhas de batata doce. Outro dia, namorando um pé imenso, perto do trabalho, fui indagada pela adorável dona da casa que me presenteou com uma rama: "Você sabe que essas folhas são a melhor coisa para quem tem anemia? Sabe como plantar?" 
Nas calçadas de toda parte encontramos a beldroega, um "matinho" que gera belas e singelas flores. Pois bem, as folhas são ingrediente necessário de sopas e saladas em Portugal, na França, na Índia.
A serralha era consumida na casa de minha avó, assim como por minha filha que mora no interior, lá em Ibiúna. Foi ela quem me ensinou a reconhecer a planta, que hoje tenho na horta.
Por fim: ontem, pesquisando, soube que folhas de abóbora são um dos ingredientes para o reforço alimentar de crianças e mães depauperadas, em regiões que apresentam extremo deficit alimentar. As crianças ganham peso - massa muscular - rapidamente, com saúde. 
Desde que comecei a me interessar pela novidade, meus pratos são mais saborosos, ricos e interessantes.

COMIDA QUE É REMÉDIO

Uma alimentação mais rica e diversificada pode significar a normalização das taxas de colesterol, diabetes e hipertensão.  
Tudo o que compramos na farmácia, na forma de remédios ou vitaminas, existe na natureza. A diferença, no caso das vitaminas, é que, em excesso, a sintética pode fazer mal; a natural é expelida pelo organismo. Ou seja, se as vitaminas provém das plantas, são utilizadas na proporção que necessitamos.
Com a melhor alimentação se pode consumir mais ferro, necessário contra a anemia (caruru ou bredo e taioba, por exemplo); proteínas (o ora pro nobis) e elevar a imunidade (inhame, taro). 
Nos parênteses, apenas alguns exemplos entre inúmeras plantas, que podem ter, inclusive, efeitos antibiótico e anti-inflamatório.

GOSTA DE NOVIDADES LIGADAS À NATUREZA?

Neste blog, já tratei de inhame e do açaí de juçara. O primeiro, agora também chamado taro, é um alimento extraordinário; o segundo é uma contradição interessante. Clique para acessar:  Inhame no jardim, na sopa, na torta e leite de inhame e Açaí de juçara: a melhor alternativa ao palmito.

Ainda na linha natureba-curtir-a-natureza-e-o-seu-jardim, você vai gostar de saber que Água com açúcar não faz mal para beija-flores.


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e os mais, na coluna ao lado. Esteja à vontade para perguntar, comentar ou criticar.
Um abraço!
Thanks for the comment. Feel free to comment, ask questions or criticize. A great day and a great week! 

Maria da Gloria Perez Delgado Sanches

(*) PROJETO DE LEI Nº 2275/2016
    EMENTA:
    DISPÕE SOBRE O PROGRAMA DE INCENTIVO AO CULTIVO E À COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANCS) E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Autor(es): Deputada MARCIA JEOVANI


A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESOLVE:
    Art. 1º - Cabe ao Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro criar um Programa de Incentivo ao Cultivo e à Comercialização de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) no Estado do Rio de Janeiro.

    Art. 2º
     - O Programa referido na presente Lei se destina a incentivar o crescimento da agricultura familiar por meio do processo de transição agroecológica (sem uso de agrotóxico) e a propiciar a melhoria da qualidade de vida dos consumidores através das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs).

    Art. 3º
     - É lícito ao Governo do Estado do Rio de Janeiro adotar medidas de redução e/ou isenção de taxas e impostos que incidam ou venham a incidir sobre o cultivo e a comercialização das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs).

    Art. 4º
     - As ações praticadas por distribuidores e/ou comerciantes de produtos tóxicos contra os pequenos agricultores de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), que não utilizam seus produtos, são considerados atos ilícitos.
    Parágrafo Único
     – Se comprovada a prática de ações referidas neste artigo, seu agente será punido com o cancelamento dos registros das respectivas empresas e/ou cooperativas responsáveis pelo fornecimento dos produtos. 

    Art. 5º 
    - As despesas com a execução do Programa de que trata o caput desta Lei correrão por conta de dotação orçamentária própria.

    Art. 6º
     - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

    Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 22 de Novembro de 2016.


    Deputada 
    Marcia Jeovani


JUSTIFICATIVA

As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) vem ganhando espaço na mesa do consumidor, principalmente pelo fato de ser uma alternativa de alimentação, rica em nutrientes, e consequentemente pelos efeitos medicinais.
As PANCs se referem a partes das plantas (frutos, folhas, flores, rizomas, sementes) que podem ser consumidas pelo homem, cruas e/ou após preparo culinário. Além das ‘partes de plantas não convencionais’, também trata das ‘partes não convencionais de plantas comuns’, como por exemplo o uso das folhas de batata-doce e do mangará (coração) da bananeira na alimentação. As PANCs tem potencial para complementação alimentar, diversificação dos cardápios e dos nutrientes ingeridos e na diversificação das fontes de renda familiar, como a venda de partes das plantas ou de produtos processados (geleias, pães, farinha, etc) e através do turismo, rural ou gastronômico. 
No mundo, estima-se que 30.000 espécies vegetais possuem partes comestíveis. Mesmo assim, 90% do alimento mundial atualmente vem de apenas 20 espécies, as mesmas descobertas por nossos antepassados do Neolítico, em diversas regiões onde a agricultura teve início e que foram incorporadas por quase todas as culturas existentes. Além de tão poucas, hoje a maioria destas espécies cultivadas é restrita a poucas cultivares (variedades) e muito da agrobiodiversidade destas cerca de 20 espécies foram extintas, perdidas ou vem sofrendo grande erosão genética.
Por ser um país grande e tropical, o Brasil tem uma biodiversidade imensa a ser pesquisada, estima-se em torno de 10.000 espécies nativas com potencial uso alimentício. Ou seja, ainda há muito a se estudar, coletar, cultivar e experimentar. Esse patrimônio natural de recursos fitogenéticos é um dos principais ativos brasileiros e, seguramente, pode desempenhar papel estratégico na consolidação do desenvolvimento nacional e na elevação da qualidade de vida da população brasileira.
Hoje, são desenvolvidos diversos projetos no interior do estado do Rio de Janeiro com essas plantas e um deles no município de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana, com agricultores familiares em processo de transição agroecológica. Além da produção de maneira sustentável, os produtos ficam livres do agrotóxico. 
Foi lançado no Brasil, em 2014, o livro "Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), dos autores Harri Lorenzi e Valdely Ferreira Kinupp, biólogo e professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas. Esse livro contem 351 espécies de PANC (nativas e exóticas, espontâneas e cultivadas) com fotos para identificação, dados botânicos, uso geral e culinário e receitas.
A 68ª Assembleia de Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas.


Leia mais em http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/scpro1519.nsf/1061f759d97a6b24832566ec0018d832/bc3362fd72614b2d8325807300606acf?OpenDocument

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